
As alterações anátomo-fisiológicas acima citadas desenvolvem uma sintomatologia clínica comum de chiado, porém este evento pode ser oriundo de diferentes agentes causadores e processos patológicos, no entanto, o mecanismo básico não tem sido esclarecido, ou seja, se é conseqüente a um efeito direto do dano do agente viral na via aérea, ou uma condição pré-existente da via aérea para acentuada susceptibilidade.
A freqüência dos episódios de chiado podem variar, apresentando-se continuamente ou várias vezes em tempos diferentes. É caracterizado Síndrome do Lactente Chiador quando há ocorrência de pelo menos três episódios recorrentes de chiado em um período de 3 meses ou um único episódio de chiado contínuo com duração superior a 30 dias.
Podem ser fatores de risco para o desenvolvimento de episódios de chiado; história familiar de asma, exposição passiva a fumaça de tabaco, processos alérgicos, infecção viral, doença do refluxo gastroesofágico, presença de corpo estranho ou compressão extrínseca das vias aéreas, entre outros. Prematuridade e crianças com baixo peso ao nascimento também têm sido considerados importantes fatores predisponentes para o desenvolvimento de episódios de chiado ao longo do primeiro ano de vida, isto pode ocorrer em virtude à eventuais anormalidades na função pulmonar, devido à imaturidade pulmonar ou eventos respiratórios que acometem prematuros e crianças de baixo peso ao nascimento.

A Fisioterapia Respiratória Pediátrica, é um importante recurso para a recuperação do quadro, com o objetivo de desobstruir a via aérea, remover a secreção pulmonar e expandir o pulmão tornando-o mais resistente, favorecendo a diminuição dos períodos de crises, evitando a introdução de antibióticos em alguns casos (quando intervenção precoce) e reduzindo o tempo de internação hospitalar.